terça-feira, 4 de julho de 2006

Mão na massa

Barro.
Matéria surpreendente. Ao amassá-lo, logo sentimos sua plasticidade. Subsequentemente, percebemos sua versatilidade.
Temos a mágica sensação de com ele podermos moldar, modelar, criar a forma desejada através de uma delicadeza enérgica e paciência artística cultivada pelos anos.
O barro não quebra, não rasga, não machuca, não tem limites. Quando queimado é resistente, mas se fragmenta, poroso o suficiente, refratário por escolha, ornado nos detalhes, orgânico em suas formas. Mesmo cristalizado em alguma delas, ainda podemos agregar muita água, dar tempo ao tempo e transformá-la em barro outra vez.
Talvez, seja verdade que no barro fomos moldados, mas acho que Quem nos moldou não teve tempo de explicar sua química; somos eternamente plásticos e àqueles que enxergam sua matéria percebem que sua forma não é definitiva.
E então, ás vezes, decidimos amassá-lo novamente, acrescentar um pouco de água e ... recriar.

Luzes da Estônia

Escrever sempre foi um ato desenvolvido nas altas madrugadas tropicais, seja no verão seja no inverno. Semanas sozinha, comecei a resgatar...