terça-feira, 3 de novembro de 2009


Outro dia disse à alguém 'queria saber lidar melhor com algumas coisas do passado... '. E ouvi algo interessante, quase óbvio, 'o seu trabalho é justamente recuperar e conservar o passado, trazer o passado para o presente para a construção da nossa memória'. Que ironia.

domingo, 18 de outubro de 2009

a cidade e seus taxistas


De volta ao meu bairro aqui em lima, o taxista me deixa em frente ao café.
E para não esquecer as diferentes pessoas que, me conduzindo, vão me mostrando um pouco do povo de Lima, sento e descrevo.
O último taxista foi um tipo meio professor maluco, com seus cabelos cacheados e grisalhos sob um chapéu/boné de couro - coisa de motoqueiro, que veio todo o caminho primeiro, falando sobre a história do Peru e suas discrepancias e, depois, perguntando e argumentando minhas explicações, sobre a história do Brasil. Homem de fala rápida, com trechos incompreensíveis, político e politizado, finalizou a conversa perguntando se conhecia bossa nova e me parabenizando pois havia passado no teste - pois antes havia me perguntado onde e o que estudava.
O jovem taxista anterior - do museu para a universidade - já me conhecia, pois era do mesmo ponto de taxi que embarquei no dia anterior. Perguntou sobre minha estadia e me ofereceu para ler um livro sobre as ruinas de Pachacamac. Com menos clareza, mas muito mais orgulho, falou da história do Peru, das "riquezas" arqueológicas da região. Preocupado com meu local de desembarque - pois já sabia que estava viajando sozinha - sugeriu voltar para me buscar, mas eu não tinha hora certa para sair. Me alertou sobre os perigos da região, me aconselhou a não me afastar para pegar um taxi e terminou por fazer o desconto, que havia pedido, para estudante.
Diferente do taxista do dia anterior - do museu para o hostel - que com seu estilo amante latino, repetiu o texto comum sobre o brasil, ou melhor, a brasileira, insinuando sobre o tipo de diversão e turismo que fazia aqui. De coque e óculos o convenci que estava aqui por estudo, o que não o deixou menos inconformado.
Histórias pra chegar no primeiro, ou melhor, segundo taxi em lima. Pois, o que seria o primeiro, foi estupidamente parado por um policial logo após meu embarque. O diálogo engrossou quando o policial pediu os documentos e só consegui entender que havia alguma irregularidade com taxas. O taxista esquentou e saiu do carro para encarar de frente a discussão com o policial...bom, trinta segundos, saí, pedi desculpa e andei na direção oposta.
E, finalmente, o segundo taxi, primeira corrida. Senhor polido, homem de família, após o convencional diálogo sobre a razão e tempo de estadia, perguntou se era casada, obviamente a resposta é sim, e ele, praticamente colocando-se na posição de meu marido, não se conteve em me perguntar se viajar sozinha não era problema, pois ele, humm, acha que não "gostaria". E a conversa prosseguiu pelo clima, a região e as ruas.
Curioso é que todo taxista te entrega um cartão de visita e, assim, guardo comigo cada um deles.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


olhando... pensando... vontade de escrever muito... incluindo o que não deveria ser escrito...

Hojicha















Buscando um sentido: o hojicha está de volta, provocando passeios entre o passado, presente e futuro - e é isso que esse chá causa.
hasta la vista.







Luzes da Estônia

Escrever sempre foi um ato desenvolvido nas altas madrugadas tropicais, seja no verão seja no inverno. Semanas sozinha, comecei a resgatar...