quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Em São Paulo


Algumas vezes, quando por aqui estou, no convívio com minha cachorra - companheira, pentelha, filha, obrigação, amor, brincadeiras, companheira - comparo atitudes caninas e crianças.
Sem extremismos, ou perda de parâmetros reais, mas cães clamam por atenção; minha ruiva pede comida se passo da hora; sobe sobre a mala quando a estendo sobre a cama para prepará-la e me enche de beijos - lambidas - quando volto de viagem; enfim, pede, chama, abraça.
Mas uma comparação que ainda não tinha passado por minha cabeça, é a simplicidade.
Dizemos que crianças muitas vezes brincam mais com a embalagem do que com o brinquedo.
Claro que como boa patroa, minha doce cachorra tem um leito, lilás e limpo, para dormir seus sonhos de ouro. E no escritório, um canto só seu.
Mas a cama e os sonhos de ouro são vontades minhas, assim como muitos dos 'presentes' de tantos pais.
Um engradado, cheio de plástico bolha, pode ser o melhor lugar do mundo para estar perto de quem se ama.

domingo, 18 de abril de 2010

Doce Peru com Café

Curioso, para os peruanos o café é uma moda que chegou faz pouco tempo, uns cinco anos. Como assim? Dizem que não se bebia café. Assim justificam o alto custo do café nos bares - um café expresso pode chegar a custar U$ 2. Conto nossa tradição do cafezinho para as visitas, o que escutam também com curiosidade. Ao final, o anfitrião completa, desculpa se não te ofereci um café... Faço o meu em casa, nos finais de semana e aproveito para continuar minha incansável investigação sobre os doces da panaderia ao lado.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pegar ônibus em Lima é uma aventura, assim como em outros paises latino americanos. Eles são de todas as cores e principalmente tamanhos, o que pode ser desconfortável para aqueles com mais de um metro e sessenta. O cobrador é uma espécie de relações públicas, porteiro e cobrador, é claro. Param em qualquer lugar, inclusive nas paradas, e antes mesmo da porta se abrir nosso relações públicas já está gritando pontos chaves da jornada. Ao indicar sua vontade de subir no ônibus, nosso porteiro recebe dizendo velozmente, rápido, rápido, rápido, ou adelante, adelante, adelante. Quando você imagina que naquele micro-ônibus não cabe nem mais um passarinho, nosso relações públicas está mandando as pessoas se espremerem mais e angariando mais pessoas pelo caminho. Claro que todas paradas são anunciadas e, atenciosa, tento entender o nome dos lugares, afinal, não deixa de ser um modo de conhecer a cidade. Entendia vagamente plaza vea, venezia, tongo, até que um dia, com sorte, pois me encontrava sentada na janela, concomitantemente ao anúncio da próxima parada, vejo um grande supermercado chamado plaza vea. Mistério resolvido, venezia é o nome de um restaurante na Panamerica Sul, tongo uma loja de material de construção. Claro que nesta lista também passam nomes de bairros, ruas ou pontes. Nosso cobrador na ocasião do ato da cobrança pergunta para onde você vai, pois o preço pode variar. E, quando ele se lembra, ou você mesmo o lembra disso, chegando em sua parada - no meu caso bem depois do ônibus encher e esvaziar, ele anuncia: museo, museo, museo. E ainda sobre o efeito da inércia, começa a gritar baja, baja, baja, maneira gentil de avisar ao motorista que tem alguém descendo e, ao mesmo tempo, mandar você descer logo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

domingo, 11 de abril de 2010



sabores do Peru

O sabor da cauza estava guardado na minha mente há quase dez anos, quando experimentei pela primeira vez. Simplesmente uma saborosa massa de batata temperada recheada com algum fruto do mar, nesse caso, mariscos.

O cebiche não é um prato complicado de fazer, mas é necessário estar no Peru para apreciá-lo. O clássico sabor do peixe, marisco, lula, polvo e camarão cozidos no limão, misturados com aji, muita cebola e uma salsa absolutamente picante no fundo do prato, é único. Essencial o acompanhamento de grãos de choclo e os pedaços de yuca, totalmente sem tempero, que são um descanso para a boca ardente.


sábado, 10 de abril de 2010

Como se aquecer nesse inverno














Aprendendo a diferenciar lhamas, alpacas e vicuñas. Impossível não se render à tão doce e imponente figura.

Doce Peru


Peru
O óbvio quando pensamos neste país são suas riquezas arqueológicas, ruínas de tempos pré hispânicos. Portanto, aqui outra vez, decidi falar de algo que talvez seja absolutamente desconhecido - os doces peruanos.
As vitrines são encantadoras, todas panaderías tem seus doces bem apresentados, quase irreais de tão perfeitos os glacês, a aparente maciez de seus recheios e massas. Inicialmente, duvido que tão perfeita aparência possa corresponder a sabores diferentes que nossos adocicados em demasia doces de padaria.
Infelizmente minha primeira experiência nesse novo universo que empezé a desbravar, não foi fotografada, mas meu espírito investigador fará o esforço de uma nova abordagem à torta de limão para registrar o ato.
Então, parto para a simplicidade de duas tenras galletas que se desfaz na boca, recheadas com um doce de leite no ponto magnífico, acompanhada por um café. O primeiro de uma série que certamente está por vir.

Luzes da Estônia

Escrever sempre foi um ato desenvolvido nas altas madrugadas tropicais, seja no verão seja no inverno. Semanas sozinha, comecei a resgatar...