terça-feira, 4 de julho de 2006

Mão na massa

Barro.
Matéria surpreendente. Ao amassá-lo, logo sentimos sua plasticidade. Subsequentemente, percebemos sua versatilidade.
Temos a mágica sensação de com ele podermos moldar, modelar, criar a forma desejada através de uma delicadeza enérgica e paciência artística cultivada pelos anos.
O barro não quebra, não rasga, não machuca, não tem limites. Quando queimado é resistente, mas se fragmenta, poroso o suficiente, refratário por escolha, ornado nos detalhes, orgânico em suas formas. Mesmo cristalizado em alguma delas, ainda podemos agregar muita água, dar tempo ao tempo e transformá-la em barro outra vez.
Talvez, seja verdade que no barro fomos moldados, mas acho que Quem nos moldou não teve tempo de explicar sua química; somos eternamente plásticos e àqueles que enxergam sua matéria percebem que sua forma não é definitiva.
E então, ás vezes, decidimos amassá-lo novamente, acrescentar um pouco de água e ... recriar.

2 comentários:

Mídia B disse...

Se eu fosse Deus, saberia muito bem o que fazer com um pouco de barro.

beijos

Isabella Rios disse...

moça, escreve mais....to com saudades dos seus post's....
bjs

Luzes da Estônia

Escrever sempre foi um ato desenvolvido nas altas madrugadas tropicais, seja no verão seja no inverno. Semanas sozinha, comecei a resgatar...