quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Em São Paulo


Algumas vezes, quando por aqui estou, no convívio com minha cachorra - companheira, pentelha, filha, obrigação, amor, brincadeiras, companheira - comparo atitudes caninas e crianças.
Sem extremismos, ou perda de parâmetros reais, mas cães clamam por atenção; minha ruiva pede comida se passo da hora; sobe sobre a mala quando a estendo sobre a cama para prepará-la e me enche de beijos - lambidas - quando volto de viagem; enfim, pede, chama, abraça.
Mas uma comparação que ainda não tinha passado por minha cabeça, é a simplicidade.
Dizemos que crianças muitas vezes brincam mais com a embalagem do que com o brinquedo.
Claro que como boa patroa, minha doce cachorra tem um leito, lilás e limpo, para dormir seus sonhos de ouro. E no escritório, um canto só seu.
Mas a cama e os sonhos de ouro são vontades minhas, assim como muitos dos 'presentes' de tantos pais.
Um engradado, cheio de plástico bolha, pode ser o melhor lugar do mundo para estar perto de quem se ama.

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